As vezes parece, e geralmente quando estou sem fome, que eu sou igual a uma maçã. A maçã fica ali parada, inteira vermelha, madura, com toda aquela pose de esnobe, tentando intimidar, mas no fundo ela sabe que ela é apenas uma maçã. Ela até tenta ser toda classuda, mas se torna completamente sem graça quando se depara com o abacaxi. Ela também tenta chegar toda cheia de si, mas é profundamente insegura quando se encontra com a melancia. A maçã então, não faz nada a não ser se contentar em ser apenas uma simples e chata maçã.
Mas daí eu me lembro que o mesmo não acontece para a Dona Larva. A Dona Larva faz da maçã não só a sua fonte de alimento, como faz dela a sua casa, o seu lar e provavelmente o lugar dentro da qual ela vai passar toda sua vidinha. A maçã traz esperança para a vida da Dona Larva que, até então, não era nada a não ser uma simples e chata larva verde sem mãos e pés. A maçã é o bem mais precioso da Dona Larva e, então, a fruta mais importante de todas.
De repente, eu sinto fome de maçã. Quero devorá-la como se ela fosse a fruta mais saborosa que existe no mundo. Quero comê-la porque ela me inspira. E como com tanto prazer que, naquele momento, eu sinto que sou uma pessoa melhor.
3 comentários:
Posso presumir que está se sentindo assim agora???
Abraços
Mauro! Poéticos e sinceros, verdadeiros e com metáforas bacanas. Firmes. Gostei!
Oie amore... acabei de ler... q profundo, intenso, verdadeiro!
Metáforas fortes! =)
Parabéns!
Saudades sempre!
Mto amor e carinho,
Aline =)
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