
Não sei bem porque resolvi fazer um blog.
Pode ser que me deixe mais ocioso porque será um motivo a mais para eu ficar preso na frente de um computador, enquanto eu poderia estar fazendo outras coisas muito mais ricas e prazerosas como ler um livro ou comer pistache. Mas essa prisão me instiga. Ela tem uma força mágica, meio hipnótica. Meio maléfica também. Eu estranhamente gosto disso.
Mas pode ser que me seja igualmente útil porque vai me obrigar a tirar mais fotos e a escrever, que são coisas que eu adoro. Principalmente se podem ser juntadas numa idéia só. Não tenho costume de escrever e nem tenho intimidade com as palavras, mas não tenho pretensão nenhuma de virar escritor.
Quero apenas escrever aqui.
Expressar qualquer coisa, vomitar qualquer merda. Será balsâmico.
Mas acho engraçado eu resolver escrever aqui, na internet. Na maior rede de comunicação do planeta. Se eu realmente quisesse fazer algo pra eu poder refletir e me sentir melhor, eu simplesmente pegava um caderno, um lápis, uma prit, colava uma foto e comentava embaixo.
Só ali.
Pra mim.
Sem temer e dever a ninguém.
Afinal a única pessoa pra quem aquilo iria importar seria justamente pra mim mesmo.
Pronto, bastaria.
Mentira, não me basta. Não me contento com esse individualismo anônimo. Preciso que isso seja público, que todos possam acessar. Quero me expor pra que todos me vejam e saibam quem eu sou. Quero popularidade. Quero que meu blog seja o melhor e mais lido de todos. Quero que leiam, quero que comentem, quero que elogiem, quero que critiquem. Quero tudo e não sou nada.
Nada.
Nada vai me ajudar, nada vai me acrescentar, nada vai acontecer, nada de nada. Só vai alimentar mais o meu ego e me envenenar mais com futilidades.
Que boicote. Que bobagem. Que divertido. Que elocubração. Que perda de tempo!
Pronto, já sei. Resolvi fazer um blog pra perder mais do meu precioso tempo.
...
e eu quero isso? Não sei. É que é mais forte que eu.